Você já ouviu falar em “descarga atmosférica”, certo? Caso ainda não esteja tão familiarizado com o tema, continue a leitura pois explicaremos melhor a seguir.

De acordo com a norma NBR 5419/2005, da ABNT, esse fenômeno natural é uma “descarga elétrica de origem atmosférica entre nuvem e a terra ou entre nuvens, consistindo em um ou mais impulsos de vários quiloampéres”.

O raio é um dos efeitos mais conhecidos dessa atividade. Ele surge quando a descarga elétrica provoca uma corrente de alta intensidade. Durante esse processo, o ar é ionizado, criando um plasma emissor de radiação eletromagnética, gerando a luz do relâmpago. A alta velocidade do choque entre os raios também é capaz de causar um alto som, chamado de trovão, cujo volume pode ser de 20 a 120 Hz (frequência) até 120 dB (intensidade).

O que poucos sabem é que a elevação térmica pode chegar até 30.000 ºC em uma fração de segundos, ou seja, maior que a temperatura do Sol, que é de aproximadamente 5.800 ºC. É essa intensidade que pode causar danos severos, seja material ou vital. Estima-se que, só no Brasil, cerca de 120 vidas são perdidas anualmente por conta da alta incidência de raios (aproximadamente 57,8 milhões de ocorrências anuais). Para combater o risco de tais atividades, deve ser elaborado um projeto de SPDA.

 

O que é SPDA?

 

A fim de assegurar a vida e evitar ou amenizar perdas materiais, incêndios e explosões, o Corpo de Bombeiros exige que edifícios, fábricas/indústrias, locais de afluência de público (escolas, igrejas, estações, aeroportos, hospitais etc) e outros lugares que podem trazer um determinado nível de risco tenham seu próprio Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas, também conhecido como SPDA.

Como já foi citado anteriormente, o sistema é regulamentado pela norma NBR 5419, da ABNT. Ela define todos os níveis de riscos que podem ser apresentados e o que deve conter em um projeto de SPDA, sempre visando a segurança. Dentre os elementos, temos o sistema de aterramento para assegurar a condutividade do raio em segurança; e o uso de para-raios, um dos elementos mais conhecidos do projeto de SPDA.

 

Como funciona o Projeto de SPDA?

 

A primeira etapa do Projeto de SPDA é baseada na análise de riscos. O profissional responsável deve validar todas as informações referentes ao estabelecimento, como a planta, o histórico de incidência de descargas atmosféricas, o projeto estrutural e outros assuntos relacionados, oficializando em um laudo elétrico.

Dentre os elementos estudados, temos:

 

1- Fonte dos danos
2- Tipos de danos
3- Tipos de perda
4- Riscos apresentados

 

Na segunda etapa do projeto, o profissional deve estudar o resultado que deve ser obtido com o projeto de SPDA. De acordo com a NBR 5419, podemos dividir em:

 

 

Sistema de proteção externo: consiste em um subsistema de captores, subsistema de condutores de descida e subsistema de aterramento.

 

Sistema de proteção interno: é o conjunto de dispositivos que reduzem os efeitos elétricos e magnéticos da corrente de descarga atmosférica dentro do volume a proteger.

 

Quem pode fazer o Projeto de SPDA?

 

Devido a complexidade técnica, a Decisão Normativa nº 070 definiu que apenas profissionais registrados no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) podem realizar o Projeto de SPDA.

Entre eles, estão os engenheiros elétricos, da computação, de produção (modalidade eletricista), de operação (modalidade eletricista) e mecânico-eletricista.

A WBecker conta com uma equipe de profissionais qualificados, que respeitam a vida e a segurança de seus clientes, por esse motivo, cada projeto também dispõe de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), como solicitado também pela Decisão Normativa nº 070.

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