O SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) é um conjunto de dispositivos e técnicas projetados para proteger edificações e estruturas contra os efeitos diretos e indiretos das descargas elétricas atmosféricas, mais conhecidas como raios.
O projeto visa a segurança patrimonial, minimizando o risco de danos físicos à estrutura, reduzindo a possibilidade de incêndios e protegendo os ocupantes de choques elétricos potencialmente fatais.

Certamente, existem muitos desafios e cuidados fundamentais ao projetar um SPDA, que abrange desde o respeito às normas técnicas vigentes até a garantia de eficiência da instalação. Falaremos mais sobre o tema a seguir.

  1. Respeito às Normas Técnicas

A NBR 5419, norma técnica brasileira que regula o SPDA, apresenta uma complexidade significativa devido à sua abrangência e detalhamento técnico. Ela estabelece os critérios para o projeto, instalação e manutenção de sistemas de proteção, visando garantir a segurança de pessoas, a integridade de estruturas e a continuidade dos serviços nas edificações. Dada a sua complexidade, a norma exige dos profissionais da área uma compreensão profunda de seus requisitos técnicos, bem como uma capacidade de aplicá-los de maneira eficaz em projetos variados.

  1. Dimensionamento Adequado

O segundo grande desafio de projetar um SPDA está no dimensionamento adequado do sistema, a fim de garantir proteção eficaz, evitando custos desnecessários. Essa análise considera fatores como localização, uso da edificação e exposição a raios, visando identificar o nível de proteção necessário.

Uma das dificuldades é detectar pontos vulneráveis na estrutura, o que exige conhecimento técnico e uma avaliação minuciosa da edificação. Superar esse desafio é crucial para desenvolver um SPDA eficiente, que proteja pessoas, estruturas e equipamentos sem exceder em custos ou complexidade.

  1. Integração com a Arquitetura

Edifícios antigos e patrimônios históricos exigem maior atenção quanto à proteção, sendo estruturas mais delicadas, com diversas restrições legais para aplicações de melhorias e cuidados para não comprometer a arquitetura e identidade do imóvel, desafios que devem ser considerados durante a projeção do SPDA.

Como solução, arquitetos e engenheiros podem trabalhar em conjunto para encontrar alternativas, como o uso de condutores discretos, a integração de componentes do sistema de forma camuflada, bem como a escolha de pontos de instalação que minimizem o impacto visual.

  1. Medição de Resistividade do Solo

A resistividade do solo influencia diretamente a eficácia do aterramento em SPDA. Solos com alta resistividade dificultam a dissipação da corrente de descarga para a terra em determinadas áreas, comprometendo a eficiência do sistema de aterramento.

Tal condição implicam em maior atenção durante a medição de aterramento, com testes em diferentes profundidades, exigindo equipamentos especializados e conhecimento técnico. Além disso, a escolha de técnicas de aterramento adequadas, que podem incluir a utilização de eletrodos verticais profundos, tratamento químico do solo ou a instalação de sistemas de aterramento radiais, depende fortemente dessas medições. Encontrar a solução mais eficiente requer uma análise detalhada das condições do solo e um profundo entendimento das técnicas de aterramento disponíveis.

Obtenha melhores resultados com mão de obra capacitada

A necessidade de atualização constante dos profissionais envolvidos com SPDA é crucial, não apenas para acompanhar as revisões e atualizações da própria NBR 5419, que podem ocorrer em resposta a avanços tecnológicos ou a novas compreensões sobre os riscos das descargas atmosféricas, mas também para manter-se alinhado com as melhores práticas internacionais e inovações no campo.

Essa atualização contínua assegura que os sistemas de proteção projetados e instalados sejam não apenas conformes com as regulamentações atuais, mas também os mais eficientes e seguros possíveis, refletindo o estado da arte em tecnologia de proteção contra raios.

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